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Abordagem técnica em punção: in-plane e out-of-plane

Foto do escritor: GphantomGphantom


A utilização da ultrassonografia em procedimentos médicos tem se consolidado como uma prática indispensável, trazendo mais segurança e precisão, especialmente em intervenções que demandam punções guiadas.

 

Entre as técnicas mais aplicadas no posicionamento do transdutor em relação à agulha estão a in-plane (no plano) e a out-of-plane (fora do plano). Ambas possuem características específicas que as tornam apropriadas para diferentes contextos clínicos, sem que uma seja considerada superior à outra.

 

A escolha da técnica ideal depende de fatores como o tipo de procedimento, a profundidade da estrutura-alvo e a experiência do profissional, conforme descreveremos neste conteúdo. Confira!

 

O que é a técnica de punção in-plane?

 

A técnica in-plane é amplamente reconhecida por permitir a visualização de todo o comprimento da agulha enquanto ela avança em direção à estrutura-alvo. Nessa abordagem, a agulha é inserida paralelamente ao plano do feixe de ultrassom, garantindo que tanto o eixo quanto a ponta da agulha possam ser acompanhados em tempo real [1].

 

Essa característica confere maior controle ao operador, reduzindo significativamente o risco de lesões em estruturas adjacentes, como nervos e vasos sanguíneos. Além disso, o controle visual contínuo possibilita ajustes finos na trajetória da agulha, o que é importante em procedimentos que exigem alta precisão, como bloqueios anestésicos e punções vasculares profundas.

 

No entanto, para que o operador consiga alinhar perfeitamente a agulha ao feixe de ultrassom, é necessário um grau elevado de habilidade técnica. Em casos em que a estrutura-alvo está localizada em maior profundidade, pode haver dificuldades na manutenção da visualização clara da ponta da agulha.

 

O que é a técnica de punção out-of-plane?

 

A técnica out-of-plane apresenta uma abordagem diferente, na qual a agulha é inserida perpendicularmente ao feixe de ultrassom. Nessa configuração, a agulha é visualizada apenas como um ponto hiperecoico, que corresponde à sua ponta, enquanto avança em direção ao alvo [2].

 

Apesar de a técnica não permitir a observação do trajeto completo da agulha, ela oferece vantagens em situações que demandam rapidez ou onde o espaço disponível para manobra é limitado.

 

Além disso, a abordagem out-of-plane exige menor alinhamento da agulha com o transdutor, o que pode torná-la mais prática em procedimentos de urgência. Contudo, o fato de a visualização ser limitada à ponta da agulha traz um risco aumentado de perfurações acidentais em estruturas sensíveis, como vasos e órgãos.

 

Aplicações e escolha da técnica

 

A escolha entre as técnicas in-plane e out-of-plane depende de uma série de fatores. A profundidade da estrutura-alvo é um dos critérios mais relevantes. Em alvos mais superficiais, a técnica out-of-plane pode ser utilizada com relativa segurança, dado o menor risco de lesionar estruturas profundas.

 

No entanto, em procedimentos que envolvem estruturas mais delicadas ou que exigem maior precisão, como a punção de nervos para bloqueios regionais, a técnica in-plane pode oferecer maior confiabilidade.

 

Outro fator importante é o nível de experiência do operador. Profissionais treinados na técnica in-plane tendem a preferi-la devido à sua capacidade de controle visual contínuo, mas a abordagem out-of-plane pode ser uma escolha mais prática em situações que requerem agilidade.

 

Independentemente da técnica escolhida, o treinamento é um elemento essencial para garantir a segurança do paciente e o sucesso do procedimento. A ultrassonografia, quando aliada a programas de capacitação, permite que os operadores desenvolvam habilidades tanto para interpretar as imagens geradas quanto para realizar os movimentos necessários com a agulha e o transdutor.

 

Outro aspecto importante a ser considerado é o impacto dessas técnicas na segurança do paciente. Tanto a técnica in-plane quanto a out-of-plane têm como objetivo principal aumentar a precisão do procedimento e minimizar complicações. A utilização do ultrassom durante punções reduz significativamente o número de tentativas necessárias, diminui o desconforto do paciente e reduz o risco de lesões em estruturas adjacentes.

 

Em suma, a decisão entre as técnicas in-plane e out-of-plane deve ser baseada em uma análise cuidadosa do contexto clínico e das necessidades específicas de cada procedimento. Ambas as abordagens apresentam vantagens e limitações, que devem ser ponderadas de acordo com a experiência do profissional e as características do paciente.

 

Gphantom: simuladores para treinamento médico

 

O investimento em treinamento e o uso de simuladores médicos são estratégias que podem ajudar a garantir que as técnicas de punção sejam aplicadas de maneira eficaz e segura, promovendo melhores desfechos para os pacientes e maior confiança para os profissionais de saúde.

 

Simuladores médicos desempenham um papel importante nesse contexto, possibilitando que os profissionais pratiquem repetidamente as técnicas em um ambiente seguro e controlado. Essas ferramentas de simulação não apenas ajudam na aquisição de novas competências, mas também permitem o refinamento contínuo das habilidades já adquiridas, promovendo um aprendizado mais eficiente.

 

A Gphantom entende perfeitamente essa necessidade! Somos uma  empresa dedicada ao desenvolvimento de simuladores médicos, oferecendo soluções inovadoras para treinamento em procedimentos guiados por ultrassom.

 

Para saber mais sobre os simuladores de treinamento médico Gphantom e como eles podem melhorar a precisão e a segurança dos procedimentos clínicos, acesse nossa loja virtual.

 

Gphantom: aprenda, pratique, aprimore.

 

Referências:

 

[1] Nagdev A, Mantuani D. A novel in-plane technique for ultrasound-guided pericardiocentesis. Am J Emerg Med. 2013 Sep;31(9):1424.e5-9. doi: 10.1016/j.ajem.2013.05.021

 

[2] Rajasekaran S, Finnoff JT. The arcTOA Technique for Out-of-Plane Ultrasound-Guided Injections. PM R. 2016 Jul;8(7):713-5. doi: 10.1016/j.pmrj.2015.12.008

 

[3] Ana Beatriz Nepomuceno Cunha, Cler David Oliveira, Tarso Augusto Duenhas Accorsi. ULTRASSOM POINT-OF-CARE GUIANDO PROCEDIMENTOS. SOCESP (2024). doi: 10.29381/0103-8559/20243402142-7

 

[4] SBA. Anestesia Guiada por Ultrassom. Disponível em: https://saes.org.br/images/meta/0f132de0-3693-4884-87be-a2618a62c884/133/anestesia-guiada-por-ultrassom.pdf Acesso em: 28/01/2025

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